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Nora Ney - Ronda das horas Rock Around the Clock
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Nora Ney

 

Iracema de Sousa Ferreira nasceu no Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1922. Foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira. Ela nasceu no bairro da Olaria, no Rio de Janeiro. Formou-se em contabilidade pelo Instituto Rui Barbosa. Ela se casou no final da década de 1940 e dessa união teve dois filhos, Vera Lúcia e Hélio. O casamento não a fez feliz, pois o marido, Cleido, passou a agredi-la em brigas constantes. Iracema começou sua carreira musical no início dos anos 1950, incentivada pelo Dr. Infezulino, pseudônimo de Osvaldo Elias, que a apresentou ao diretor da Rádio Tupi, Sérgio Vasconcelos. Ela passou a atuar na programação noturna daquela emissora no programa Fantasias Musicais, apresentado por José Mauro, com o apoio de Lúcio Alves, que a convenceu de dedicar-se apenas ao repertório estrangeiro. Com o nome de Nora May, dado por José Mauro, ela passou a ser conhecida do público. Um dia, recebeu a carta de uma fã de Teófilo Otoni, endereçada a Nora Ney, que seu tornou o seu nome artístico. Logo depois foi contratada pela mesma Rádio Tupi. Na ocasião foi convidada por Almirante para substituir a cantora Aracy de Almeida que estava de férias, nos programas daquela emissora. Nora foi convidada por Nicolino Cópia, a pedido de Caribé da Rocha, para atuar como cantora em shows noturnos no Copacabana Palace Hotel. Recusou o convite, pois seu marido não gostou da idéia de vê-la se apresentando à noite. Só depois de muita insistência dos produtores, ele resolveu autorizar sua atuação e acompanhá-la nos shows. Nora Ney decidiu deixar o marido, que passou a ameaçá-la de morte. Logo depois conseguiu o desquite litigioso. Em 1952, ela foi convidada para gravar pela Continental.

 

O seu primeira canção saiu nesse mesmo ano com “Menino grande” que passou a ser um dos maiores sucessos do repertório da cantora. Em seguida, ainda no mesmo ano, gravou “Ninguém me ama” e a sua interpretação marcou definitivamente sua carreira. Com esse compacto, a cantora conquistou o primeiro Disco de Ouro da história da fonografia brasileira. Nesse mesmo ano, no camarim do Copacabana Palace Hotel, ela conheceu o cantor Jorge Goulart. Em poucos meses de amizade e parceria musical, iniciaram um namoro. Em 1953, ela foi eleita Rainha do Rádio. O seu primeiro álbum, Canta Nora Ney, foi lançado em 1955. Também em 1955, ela se tornou a primeira cantora a gravar o Rock no Brasil, com a versão "Ronda das horas" da canção “Rock around the clock”, de Bill Haley. Em 1958, passou a gravar pela RCA Victor e lançou o samba “Vai, mas vai mesmo”, de Ataulfo Alves que se tornou o seu único sucesso do chamado repertório carnavalesco. A seguir, saiu em excursão para vários países do mundo, ao lado de Jorge Goulart, divulgando a música popular brasileira. Apresentou-se na América do Norte e do Sul, na Europa, na África e no Oriente Médio, tendo sido uma das primeiras cantoras brasileiras a fazer temporadas nos chamados países da cortina de ferro, no Leste Europeu. Em 1961, gravou “Cansei de rock”. Em 1962, foi para a gravadora Mocambo. Em 1963, sua filha, Vera Lúcia, foi eleita Miss Brasil. Devido à atuação política de seu marido no Partido Comunista, Nora e sua família tiveram que se autoexilar, depois do Golpe de 1964, então a cantora morou em diversos países com a família. No início dos anos 1970, ela fez temporada com o marido na Boate Feitiço da Vila, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 1972 gravou pela Som Livre o álbum, Tire seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor. Em 1974, ela participou, com Jorge Goulart, do show Brazilian Follies, no Hotel Nacional do Rio de Janeiro.

 

Em 1977, Nora lançou com Jorge Goulart o álbum, Jubileu de prata, pela Som Livre. Em 1979, Nora passou por sérios problemas de saúde por conta de um câncer na bexiga, do qual se recuperou. Nesse mesmo ano, ela participou com o marido do projeto Seis e Meia, na Sala Funarte/ Sidney Miller, no show Casal Vinte. Em 1982, em comemoração aos 30 anos de união com Jorge Goulart, ambos realizaram o espetáculo De coração a coração, no Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, no Rio Janeiro. Em 1987, Nora lançou o álbum, Meu cantar é tempestade de saudade. Em 1989, ao lado das cantoras Carmélia Alves, Rosita Gonzalez, Ellen de Lima, Violeta Cavalcanti e Zezé Gonzaga, atuou no show As eternas cantoras do rádio. Em 1990, ela realizou o espetáculo em comemoração ao aniversário da Rádio Cultura de São Paulo. Em 1992, depois de 39 anos juntos, Nora se casou com o cantor Jorge Goulart em uma cerimônia na Igreja Presbiteriana Unida. Meses depois, quando se apresentava em um show no Clube Carioca, em Fluminense, ela sofreu um acidente vascular cerebral, que lhe deixou seqüelas, impedindo-a de voltar aos palcos. Em 2000, foi homenageada em show do cantor Elymar Santos, no Canecão, quando emocionou o público ao cantar “Ninguém me ama”, em cadeira de rodas. A partir de 2001, com o agravamento do seu estado de saúde, passou a maior parte do tempo em hospitais da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Nora Ney faleceu no dia 28 de outubro de 2003, no hospital do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, aos 81 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos devido a câncer generalizado provocado por efizema pulmonar. Em 2005, no dia em que completaria 83 anos, foi saudada pelo jornalista Luís Pimentel com um artigo no Jornal do Brasil

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