top of page
a_bolha.jpg
A Bolha - É Proibido Fumar
00:00 / 00:25

A Bolha

Foi uma banda brasileira de Rock. No Rio de Janeiro, em 1965, a banda The Bubbles foi formada por Renato Ladeira guitarra rítmica, o seu irmão César na guitarra solo, Ricardão no baixo, que logo foi substituído por Lincoln Bittencourt, e Ricardo Reis na bateria, tocando cover e versões de Rock and Roll. Com essa formação, são convidados pela gravadora Musidisc, e gravam o compacto simples, “Não Vou Cortar o Cabelo”, versão de "Break It All" da banda uruguaia Los Shakers no lado A, e “Por Que Sou Tão Feio”, versão do hit "Get Off Of My Cloud" dos Rolling Stones, no lado B que foi lançado em 1966. O convite se deu nos bastidores da gravação de um programa de TV e o compacto que se seguiu não fez muito sucesso devido a falta de divulgação por parte da gravadora e da banda. Em 1968, são convidados para serem a banda de apoio de Márcio Greyck na gravação do seu álbum. Ainda em 1968, César Ladeira decide deixar a banda para se dedicar aos estudos, abandonando a carreira artística. Também Lincoln e, posteriormente, Ricardo deixaram a banda, e foram substituídos por Pedro Lima na guitarra solo, Arnaldo Brandão no baixo e Johnny na bateria. Com essa formação, o som da banda fica mais pesado. Após participar de shows e programas de TV, abriram para os Herman’s Hermits, no Rio de Janeiro. Em 1970, Pedro, Arnaldo e Gustavo tocaram com Gal Costa em apresentações ao vivo e aparições na TV em Portugal, e foram convidados para tocar em um dos palcos alternativos, de forma acústica no Festival da Ilha de Wight em 1970.  

 

Nesse mesmo ano, Johnny foi substituído por Gustavo Schroeter na bateria. Após essa experiência na Europa, os três voltam para o Brasil e contam para Renato a decisão de seguir outro caminho, fazer música própria, em português, e parar de fazer covers e versões. Eles passam a compor e ensaiar um novo repertório, próprio, e mudam o nome para A Bolha, mudando também a sua sonoridade, que passaria a ter influências no Acid Rock e no Rock Progressivo. O primeiro grande teste para o novo repertório foi a participação da banda no Festival de Verão de Guarapari, em fevereiro de 1971. No mesmo ano, participam do VI Festival Internacional da Canção defendendo a música “18:30”, e gravam o compacto simples, “Sem Nada” / “18:30 (Parte I)” e “Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôôôôô”, lançado no mesmo ano. A banda participou do álbum, Vida e Obra de Johnny McCartney, com o cantor da Jovem Guarda, Leno (ex-Leno & Lílian), produzido por Raul Seixas. Em 1972, ganham o prêmio de Melhor Banda no Festival Internacional da Canção (FIC). O seu primeiro álbum, Um Passo à Frente, foi lançado em 1973 pela Continental. Nesta época, a banda contava com Pedro Lima na guitarra, harmônicos e vocal, Renato Ladeira no órgão Hammond, Farfisa, Vox, guitarras e vocal, Lincoln Bittencourt no baixo e vocal e Gustavo Schroeter na bateria e vocal. No ano seguinte, participam da gravação do primeiro compacto duplo de Raul Seixas

 

Gustavo Schroeter foi para o Veludo e Arnaldo Brandão saiu da banda. O baterista Serginho Herval e o baixista Roberto Ly são contratados. Com essa formação, eles participam do Festival Banana Progressiva, realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, entre os dias 29 de maio e 1 de junho.  Ainda em 1975, Renato Ladeira deixa a banda para tocar no Bixo da Seda e para o seu lugar foi escolhido Marcelo Sussekind. O seu segundo álbum, É Proibido Fumar, foi lançado em 1977, com destaque para a faixa título do álbum. A seguir realizam uma turnê abrindo para Erasmo Carlos sendo que, na sequência, tocavam como banda de apoio do artista. Esta turnê contou com a volta de Renato Ladeira nos teclados. Durante a turnê a banda grava o álbum de Erasmo, Pelas Esquinas de Ipanema, que foi lançado em julho de 1978. Logo após o fim da turnê, a banda encerra as suas atividades. Nos anos 1980, Renato Ladeira fundou a banda Herva Doce. Em 2004, o diretor José Emílio Rondeau convidou Renato Ladeira para ser diretor artístico do seu filme, 1972. Renato mostrou algumas músicas que haviam sido censuradas no início dos anos 70 e o diretor se interessou, então ele chamou seus companheiros de banda para gravarem aquelas músicas para o filme. Da reunião acabou surgindo a vontade de gravar um novo álbum com aquele material e mais alguns covers, gerando o álbum, É Só Curtir, lançado em 2006 pela Som Livre. Apesar do lançamento, a banda não chegou a sair em turnê. A coletânea, The Bubbles - Raw and Unreleased, foi lançada em 2010 pela Groovie Records, contendo gravações raras da banda A Bolha.

bottom of page